Obtenção e avaliação de filmes de gelatina/quitosana para liberação sublingual de midazolam


Resumo


O desenvolvimento de novos sistemas de liberação de fármacos torna-se cada vez mais importante na promoção das ações terapêuticas a fim de reduzir as limitações nas terapias existentes. Diante disso, o uso de polímeros como a quitosana, que apresentam características de biodegradabilidade, biocompatibilidade, mucoadesão, associada com outros polímeros como a gelatina, apresenta-se como uma alternativa para um sistema de liberação controlada de fármaco de vários medicamentos, incluindo os benzodiazepínicos. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo obter membranas de Quitosana/Gelatina para liberação sublingual do Midazolam. As membranas foram preparadas pelo método de evaporação de solvente, através da dissolução da quitosana em ácido acético (1% v/v), para uma concentração final da solução polimérica (1% m/v), seguida da incorporação de gelatina (20% m/m) e Midazolam (0,03mg/mL). Após a obtenção as membranas foram caracterizadas por meio de análises de DRX, MO, FTIR e Molhabilidade por Medida de Ângulo de Contato. No ensaio de DRX observou-se que a incorporação do fármaco e da gelatina na solução de quitosana possibilitou a redução da cristalinidade da membrana. Na MO observou-se membranas com superfícies uniformes e densas. No ensaio de FTIR evidenciou-se a interação do fármaco e da gelatina com os grupamentos hidroxila e amina da quitosana. Os resultados Molhabilidade demonstraram que o material tem caráter hidrofílico e que a incorporação do fármaco possibilitou a redução da hidrofilicidade do mesmo. Mediante o exposto conclui-se, que o sistema apresentou homogeneidade e adequada interação química entre os constituintes e foi possível obter membranas de Quitosana/Gelatina incorporadas com Midazolam.

Palavras-chave


gelatina; quitosana; fármaco

Texto completo:

PDF


REMAP é uma revista de acesso livre e está cadastrada no Qualis da CAPES.