Avaliação da imobilização da enzima uréase, extraída da semente de Canavalia Ensiformis, em membranas de quitosana para uso em biossensores

Resumo

Uma grande variedade de dispositivos para diagnósticos em saúde vem sendo desenvolvido e a imobilização enzimática tem grande importância nesses produtos. Uma enzima imobilizada refere-se àquela enzima que está confinada em uma região bem definida e que mantém sua atividade catalítica. A enzima uréase foi escolhida para esse trabalho por ser amplamente utilizada como um biorreceptor em sensores de reconhecimento, devido às suas aplicações na determinação e monitoramento da saúde e dos parâmetros ambientais e também por estar presente em vegetais, microorganismos eucarióticos e bactérias. Dentre os polímeros que são utilizados na imobilização, a quitosana, derivada da quitina, obtida da casca de camarão foi empregada. Este trabalho tem o objetivo avaliar a imobilização de enzima em filmes poliméricos de quitosana, preparadas por procedimentos distintos de imobilização, a partir de um composto enzimático extraído de sementes de Canavalia ensiformis. Foram preparadas as membranas de quitosana com o composto nas concentrações desde 10 ml a 40 ml de composto de uréase extraída e caracterizadas por microscopia óptica (MO) e microscopia eletrônica de varredura (MEV) com mapeamento por espectroscopia por energia dispersiva (EDS). Para confirmação da presença da uréase imobilizada foram preparados eletrodos de aço inox com deposição de antimônio com recobrimento das membranas de quitosana e realizados testes de biorespostas. As micrografias por MO e MEV não confirmam a presença da uréase, o EDS não indicam a presença do níquel presenta na estrutura da uréase. Entretanto os teste de biorespostas mostram que o composto extraído e imobilizado na membrana de quitosana, apresenta uma bioatividade, sendo um indicativo da presença da uréase imobilizada, podendo por tanto ser aplicado para uso em biossensores enzimáticos de ureia.