Soldabilidade de Ligas com Memória de Forma Níquel-Titânio com Aços Inoxidáveis

Resumo

As ligas com memória de forma (LMF) foram descobertas em meados dos anos 60 e o desenvolvimento de ligas de outras sistemas (NiTi, CuAlNi, CuAlZn...) vem sendo explorado desde então sendo a do sistema NiTi a mais utilizada. Devido às suas excelentes propriedades mecânicas, ótima resistência a corrosão e biocompatibilidade, além de apresentarem efeito de memória de forma e superlasticidade passaram a ter várias aplicações nas mais diferentes áreas. A problemática das LMF é que estas são de difícil conformação e usinabilidade, por isso a soldagem seria uma ótima ferramenta alternativa para se conseguir peças de geometrias mais complexas. O uso comercial e mais abrangente de uma liga se dá não somente quando se une a liga com ela mesma mas também com materiais dissimilares. O aço inoxidável é uma opção viável de união com ligas de níquel-titânio pois possui igualmente propriedades desejadas de resistência mecânica, biocompatibilidade e resistência a corrosão. A união por soldagem destas duas ligas encontra barreiras diversas, sendo a principal delas a formação de intermetálicos frágeis na junta soldada limitando sua aplicação. Esse artigo traz uma revisão da soldabilidade de ligas de NiTi com aços inoxidáveis abrangendo a metalurgia da soldagem e as principais técnicas utilizadas nesta união.

Palavras-chave: Ligas com Memória de Forma, Soldagem, NiTi, Soldabilidade, Soldagem Dissimilar.